piolho-de-onça

Me completa a solidão nesse momento da ausência de sentimentos de pares. Nem por isso irei me deixar à tristeza entregue, como um pano mal guardado as traças. Fico sereno e falante com meus dedos, nada de falar com botões, pois aqui no norte o calor raciocína a usar o   peito nu, sem panos. Minha naftalina sentimental.
Mas prefiso hoje o "só".
Toda intenção se acaba na iniciativa que é quase nula da minha minha pensativa parte em alguns momentos, que isso fique claro. (Só pra mim !)
É nítido e pelo tempo aprendi que podemos esperar algo que necessariamente não precisa ser imediato (o amor se encaixa nessa lista) sua essência verdadeira é coisa rara, agulha entre as palhas, muitas palhas. Quando ficamos anciosos por amor, é porque queremos algum dos itens que completa esse total. Vejamos, se desfragmentarmos temos: amizade, carinho, tesão, afinidades, palavra, sexo...

...As vezes a falta da união desses elementos nos deixam meio que balançando em um cipó velho ou quando se tem apenas alguns desses, já se acham apaixonados(as) como que andando pelas estrelas, sem ao menos refletir, se, pra se amar é preciso apenas de duas pitadas de carinho e uma saca de tesão...

Mas logo vem um próximo dia cheio de novidades e amizades das meninas e seus laçinhos pra desatar.

Gosto dessa vida solta e livre, mas no fundo gostaria de ser e ter um piolho-de-onça e cantar sem pressa pro sol se pôr.

piolho-de-onça

na madruga

piolho-de-onça de Luizinho Lins é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
Based on a work at banjoloko.blogspot.com.